Deus!
Não concedas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas,
Nem a ovelha nas mãos dos algozes.
Ajuda-me a ser verdadeiro na presença dos justos,
E jamais mentir para ganhar aplausos dos fracos.
Se me deres fortuna, não tire-me a felicidade;
Se me deres a força, não tire-me a sensatez;
E se eu prosperar, que eu não perca a modéstia,
Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória,
E nem ser atingido pela tristeza da derrota.
Faze-me sentir que o perdão demonstra força,
E que a vingança é o refugio dos acovardados.
Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança.
Se me faltares à saúde, deixe-me conforto da fé.
E quando me ferir a ignorância, a ingratidão,
Que eu abrigue em minha alma o perdão.
E se um dia eu esquecer de Vos,
Rogo, que jamais esqueça de mim.
