01 - Politica
02 - Modernidade
POLÍTICA “UM CONTO DE FADAS”
Autor: Marcos Maluly
Minha cidade é a mais bela das cidades, têm todas
as ruas asfaltadas, ônibus e remédios de graça, índice zero de mortalidade
infantil com o pré-natal feito na casa das futuras mamães. Crianças nas
escolas, transporte escolar, ”ônibus viu!” Hospital e assistência odontológica
gratuita. Um lugar sem homicídio e sem cadeia. Brigas e pequenos furtos
raramente acontecem. Até mesmo o Delegado procurou outra ocupação para não
entrar em depressão, a calmaria é grande dando lugar ao sono e a preguiça.
Minha cidade tem 4 mil habitantes, onde a agenda
telefônica cabe na memória da telefonista da prefeitura. Nosso Gestor caminha a
passos lentos pelas ruas da cidade cumprimentando populares depois de uma luta
árdua para atender uma população que não pede nada e sim oferece ajuda. Seus
assessores trabalham incansavelmente empregando o dinheiro público em prol do
município em desenvolvimento. A cidade cresce.
A vida na minha cidade tem um ritmo diferente.
Funcionários públicos dedicados atende a população com educação e carinho. Eu
acordo todas as manhãs e vejo a nevoa que invade a cidade sorrateiramente,
parece que estou no céu. Como a maioria, eu ganho um salário mínimo que nunca
atrasa e que é suficiente para realizar o maior dos sonhos, a casa, financiada
em 25 anos. Sobra dinheiro para pagar as prestações da geladeira, do carro,
luz, água, telefone e a assinatura do jornal. Como todo bom brasileiro tenho
meu nome limpo no Serasa “Graças a Deus. Sou chique no último”.
Meus amigos estão de volta após viverem longos e conturbados anos na cidade grande. Já, servi cafezinho em casa de rico, lavei muitos carros para ganhar uns trocados, mas hoje tenho vida de barão, tenho tudo que sonho. Meus filhos estudando nas melhores escolas. Contratei duas empregadas para cuida de minha casa, vou ao teatro para ver grandes nomes das artes cênicas e da música internacional. Tenho belas roupas e lindos filhos educados , por que não dizer, formados já que em breve terá em nossa cidade uma faculdade.
Meus amigos estão de volta após viverem longos e conturbados anos na cidade grande. Já, servi cafezinho em casa de rico, lavei muitos carros para ganhar uns trocados, mas hoje tenho vida de barão, tenho tudo que sonho. Meus filhos estudando nas melhores escolas. Contratei duas empregadas para cuida de minha casa, vou ao teatro para ver grandes nomes das artes cênicas e da música internacional. Tenho belas roupas e lindos filhos educados , por que não dizer, formados já que em breve terá em nossa cidade uma faculdade.
E antes que eu finalizasse meu discurso como deputado, escuto um barulho
semelhante a uma bola de futebol chutada por Ronaldinho “O Fenômeno”, Dores
intensas invadiram minhas costelas. E uma voz áspera toma conta de meus
ouvidos. “Acorda, acorda aí gari! Vamos, vamos! Essa é a terceira vez que você
vem embriagado para o trabalho! Que seja a última. Se eu encontrar você
dormindo no banco da praça mais uma vez eu lhe ponho no olho da rua.” Era o meu
chefe que me pegou dormindo e sonhando um conto de fada como todo bom e
inocente eleitor.
Autor: Marcos Maluly
Hoje a realidade é outra, o mundo é moderno, o homem é moderno, tudo é moderno, o mundo anda em cima de rodas. No passado o homem era levado pela própria convivência a ser grosseiro. Diz a canção: “homem que é homem não chora.” Chorar era uma demonstração de fraqueza, fracasso. As suas mulheres os encaravam como suporte para toda ação, depositando neles a entrada para o sucesso. Hoje, como consequência de um mundo moderno, outra mentalidade se forma.
O homem vem se transformando, gradativamente, num ser mais sensível, ao mesmo tempo mais insensível também. Na atualidade o homem já pode mostra seu "lado feminino", sem problema algum, pode chorar, sofrer, deprimir e apaixonar. Tem homens realizando tarefas domésticas com qualidade, enquanto suas mulheres trabalham fora, nem por isso, tem deixado de ser "macho". Participam ativamente da criação e educação de seus filhos, coisas que no passado era encarado como "mulherzinha". Quem costurava era alfaiate nunca costureiro, barbeiro nunca, cabeleireiro.
Existe homem que não consegue ver o mundo como mundo mudado e na evolução feminina, existem mulheres que têm a visão do homem "caixa forte". Esse tempo passou e faz muito tempo. Entramos na era da ajuda mútua, o casal devem unir esforços, e junto construir uma vida saudável e feliz. Diz o dito popular que “atrás de um grande homem a uma grande mulher”. Sim, a mulher hoje põe à cara pra bater, sai pra luta sem medo, enfrenta os desafios da igualdade.
Mulheres "modernas" estão deixando de lado a vaidade e, abdicando da feminilidade para conquista novos espaços. Muitas delas imaginam que são homens e isso não é modernidade. Ser moderno é ser polivalente, é correr de um lado para o outro, ora cuida dos afazeres, ora do companheiro, ora cuidar do trabalho. Ser moderno é formar uma equipe capaz de enfrentar os desafios com a certeza que mesmo com alguns fracassos virar o sucesso.
Independente de ser homem ou mulher, a vida, conspira para uma união de um relacionamento leal, sincero, verdadeiro e comprometido com a família. Na modernidade, mulheres que tentem ser o que não são, e cada um ocupe um lugar, sem ferir nem ser ferido, apenas com equilíbrio dedicação a tolerância tudo flui bem. Mulher moderna não pode esquecer que existe homem moderno, leal, companheiro, trabalhador, que ver a família como prioridade cuidando com dedicação de sua costela.
