Dicas\Amor

O CIUMES
Marcos Maluly

Não há relação amorosa no mundo que não tenha um momento de ciúmes ou que não tenha sido abalada pelos ciúmes, mesmo que seja por um momento. O ciúme já faz parte da natureza humana e parece, quase sempre, mais forte do que nós, porém, não é. Ou seja, controlar os ataques de ciúmes é mais fácil do que se imagina, vale a pena o esforço a bem da sua sanidade mental e a bem do amor entre o casal... Caso contrário, pode ser o início do fim de qualquer relação.
 
01. Fazemos e reconhecemos os erros do passado para não voltar a cometê-los, nem no presente, nem no futuro, por isso, ser ciumento já vem de trás, está na altura de o travar. Se os ciúmes já prejudicaram uma ex-relação, corre o risco de voltar a acontecer. Será que esses ataques de ciúmes não estarão na base de uma vida amorosa atribulada? Ninguém quer viver uma relação assim, até porque não resolve nada, pelo contrário, piora.
 
02. Quem é ciumento tem a tendência de deturpar a realidade, ou seja, um pequeno gesto ou palavra é o suficiente para despertar os ciúmes mais loucos o que, por sua vez, desencadeia um verdadeiro “filme” na sua cabeça. É importante não deixar que a sua imaginação fomente os ciúmes de uma coisa que pode nem ser real. As pessoas mais ciumentas precisam aprender a distinguir a realidade da ficção, simplesmente porque nem tudo o que parece ser.
 
03. Rodado o “filme”, os mais ciumentos têm a tendência de passar para a ação – discussões, acusações, agressões verbais e até físicas podem fazer parte de um ataque de ciúmes. Se deve pensar sempre duas vezes antes de reagir a qualquer provocação, no caso dos ciúmes, pense três. Será que vale realmente a pena?
 
04. Nem todas as pessoas sabem lidar bem com os ciúmes. Se é o seu caso e em vez de fazer cenas lamentáveis – e sobre as quais se vai arrepender mais tarde – procure ajuda profissional para desabafar as suas inseguranças e preocupações. É sempre bom ter a opinião de uma pessoa neutra, convide um amigo(a) para sair convosco e peça-lhe para observar o seu comportamentos e dizer da sua justiça: há ou não motivos para ciúmes? Lidou bem ou mal com a situação?
 
05. Quem sofre insistentemente com ciúmes tende a sentir-se com baixa autoestima e autoconfiança porque ao sentir-se ameaçado com a possível traição do companheiro(a) culpa-se a si e desencadeia uma série de ataques pessoais: ou porque é muito gordo, magro, pouco interessante ou inteligente... Esse tipo de negatividade é uma chama para manter o espírito ciumento a arder, por isso, é necessário respeitar-se e fazer-se respeitar. Alguém que está extremamente seguro de si, não se sentirá ameaçado por o que quer que seja.
 
06. A confiança e a comunicação representam o pilar de qualquer relação a dois e quando o primeiro é posto em causa, é preciso recorrer ao segundo, rapidamente. Em vez de fazer uma cena de ciúmes em frente aos amigos ou estragar aquela que estava a ser uma noite perfeita de regresso a casa no carro, respire fundo, analise a situação friamente e só depois (talvez até não seja má ideia dormir sobre o assunto) é que deve conversar com o seu companheiro. Sim, conversar e não confrontar ou gritar. Fale abertamente sobre aquilo que o incomodou e de como se sentiu. Certamente perceberá que afinal não foi nada e que não volta a acontecer ou melhor, a incomodá-lo.
 
07. Quem estar obcecado em seguir cada passo e palavra do seu parceiro dificilmente terá tempo ou paciência para dedicar à relação em si. Mas afinal o objetivo de estarmos com outra pessoa não é para viver e sentir uma proximidade saudável e apaixonante? Para nos conhecermos cada vez melhor, para nos apoiar-nos e fazer planos para o futuro? Para nos divertirmos? Então porque é que está a perder o seu precioso tempo a dois com ciúmes infundamentados? Se se dedicar tanto ao fortalecimento da relação como dedica aos ciúmes, essa palavra deixará de fazer parte do seu vocabulário.